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Homem é preso pelo FBI por usar IA para criar músicas e obter lucro de mais de US$10 milhões

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Um músico que pode ser considerado desconhecido (até agora) chamado Michael Smith, com 52 anos, obteve cerca de US$ 10 milhões de dólares em aproximadamente 7 anos. Isso levantou suspeitas das autoridades, que decidiram investigar e descobriram que ele utilizava inteligência artificial para criar suas obras.

Ele foi preso pelo FBI no dia 4 de setembro de 2024 e pode receber pena de até 60 anos. De acordo com as autoridades dos EUA, ele enfrenta acusações de fraude e será apresentado a um juiz magistrado do país, na Carolina do Norte. Entenda abaixo o que ele fez.

Como ele usou a inteligência artificial

  • Smith supostamente criou milhares de contas bot em plataformas como Spotify, Amazon Music e Apple Music.
  • Ele então teria gerado milhares de músicas com IA.
  • Depois disso, ele teria feito com que essas contas transmitissem e reproduzissem suas músicas diversas vezes sem parar.

O lucro é muito pequeno com as reproduções e royalties, mas como o processo foi automatizado e se repetia sem parar com milhares de bots ativo, ele conseguiu faturar mais de US$ 10 milhões de dólares.

O procurador dos EUA Damian Williams disse: “Conforme alegado, Michael Smith transmitiu fraudulentamente músicas criadas com inteligência artificial bilhões de vezes para roubar royalties. Por meio de seu esquema de fraude descarado, Smith roubou milhões em royalties que deveriam ter sido pagos a músicos, compositores e outros detentores de direitos cujas músicas foram transmitidas legitimamente. Hoje, graças ao trabalho do FBI e dos promotores de carreira deste Escritório, é hora de Smith encarar a música.”

 

Segundo a acusação no tribunal federal de Manhattan, “estes royalties foram retirados de um fundo de royalties que as plataformas de streaming devem reservar para artistas que transmitem gravações sonoras que incorporam composições musicais”, afirma a acusação.

Internautas questionam se sua prisão é justa

Certamente sua ética enquanto musico é bastante questionável e seus métodos não foram os mais nobres, mas muitos internautas questionam se ele realmente deveria ter sido preso por fraude.

Vale ressaltar que essas plataformas possuem sistemas que identificam esse tipo de prática e excluem as contas, mas Smith conseguiu driblar todos eles durante anos de maneira excepcional. O fato de serem consideradas fraudes é um dos argumentos que afirmam que sua prisão é mais do que justa, já que ele alavancou seus números artificialmente.

Quanto aos argumentos contrários, ninguém nega sua falta de ética, mas afirmam que IAs e bots são utilizados constantemente em muitas indústrias, seguidores muitas vezes são comprados por influencers e isso não costuma ser investigado e é até normalizado e esperado.

Ele descobriu uma brecha e lucrou, obtendo dinheiro dessas grandes empresas e, inclusive, aqueles que acham sua prisão injusta argumentam que é pelo fato de ter obtido lucro em cima de empresas grandes e homens poderosos que o fez ser preso.

O fato é que as leis dos EUA tratam práticas de criação de bots para obtenção de lucros como algo fraudulento em muitos casos, como seguidores em redes sociais, viewers em lives e vídeos e, claro, reprodução de músicas. Especialmente porque quem paga publicidade e patrocínios para essas plataformas, assim como quem busca obter impulsionamento poderia reclamar e levar a empresa para a justiça na esfera civil ou criminal.

 

Por IGN BRASIL

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