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Terra está perto de atingir 5 pontos de não retorno; veja quais são e entenda a crise em gráficos

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O mundo está perto de atingir 5 pontos de não retorno que podem desencadear catástrofes ambientais irreversíveis. E o aquecimento global tem culpa nisso, alertaram cientistas nesta semana.

Ou seja, se não controlarmos o aumento global da temperatura, eventos como o colapso de corais de águas quentes, o degelo do permafrost e o derretimento de grandes porções de gelo no Ártico e na Antártida se tornariam cada vez mais prováveis (entenda mais abaixo).

A constatação é de um estudo de pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e financiado pelo Fundo Bezos Earth, do empresário norte-americano Jeff Bezos.

“Esses pontos de inflexão [como também são chamados] representam uma ‘ameaça para a humanidade de uma magnitude sem precedentes”, alertou à AFP o chefe do relatório, Tim Lenton, especialista em sistemas terrestres da Universidade de Exeter.

Abaixo, entenda por que a preocupação com os 5 sistemas abaixo:

  1. Corais de águas quentes
  2. Manto de gelo da Groelândia
  3. Manto de gelo da Antártida Ocidental
  4. Permafrost – solo congelado do Ártico

Circulação do Atlântico Norte

1. Corais de águas quentes

 

Ao todo, o relatório descreve 26 pontos de inflexão, porém os mais dramáticos são os 5 que vamos explicar aqui. Segundo os cientistas, esses processos parecem já estar atingindo seu limite.

No caso dos corais de águas quentes não é difícil entender o motivo.

Francyne Elias-Piera, PhD em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universitat Autònoma de Barcelona, explica que os recifes de corais de águas quentes são ecossistemas altamente sensíveis às mudanças climáticas, sendo particularmente vulneráveis ao aumento da temperatura da água e à acidificação dos oceanos.

Eles estão localizados em áreas ao redor do equador onde a água é mais quente e, como mostram dados globais (veja o gráfico abaixo), eventos moderados e severos de branqueamento estão acontecendo cada vez mais nos últimos anos.

Isso porque devido ao aumento da temperatura da água, desencadeado pelo aquecimento global, os corais expulsem as algas simbióticas que vivem em seus tecidos, resultando na perda da coloração que ameaça a saúde dos recifes.

Um estudo de 2020 inclusive, publicado pela Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN), revelou que o mundo perdeu cerca de 14% de seus recifes de coral desde 2009. Este relatório, pioneiro em sua categoria, baseou-se em dados coletados em mais de 12.000 locais de coleta em 73 países ao longo de um período de mais de 40 anos (1978-2019).

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