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Polícia

Menina de 9 anos usa diário com escrita invisível para relatar que era estuprada pelo pai na Grande BH

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Um homem de 33 anos foi preso como suspeito de estuprar a filha, de 9 anos, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, ele confessou o crime.

A investigação começou há 15 dias. O crime foi descoberto após a menina relatar os abusos em um “diário mágico”, que tem escrita invisível. Só é possível ler as mensagens com ajuda de uma lanterna especial, que vem com o brinquedo.

A delegada Nicole Perim relata que a menina foi presenteada pela mãe com o diário, de aniversário, no mês passado, a pedido dela mesma. “No dia 11, quando a mãe foi colocar a filha pra dormir, a criança relatou que tinha escrito um segredo no diário, mas ninguém poderia saber. A mãe foi consultar a página intitulada “meus segredos”. A mãe foi questionar a criança e ela relatou que há cerca de um ano era abusada sexualmente pelo genitor. A menina contou que ele passava as partes íntimas nela, que pedia para ser acariciado, e a beijava”, relatou a policial.

Segundo a delegada, a garota também relatou que o pai colocava vídeos pornográficos para assistir com ela e dizia que gostaria de fazer as mesmas coisas. “A vítima falava para ele parar, que aquilo era errado. Mas ele segurava os braços dela e continuava. Ele falava que, de fato, era errado, que ele era um monstro, mas que se a filha contasse para alguém, ele seria preso”, detalhou.

Assim que viu o registro, a mãe procurou a polícia e relatou o crime. Os pais da criança eram separados e, desde 2018, a menina fazia visitas regulares ao pai. De acordo com a delegada, a mãe tinha medo do comportamento do ex-companheiro, mas não desconfiava dos abusos. “Quando ela ia passar o fim de semana com o pai, a mãe perguntava se algo estava acontecendo. A mãe também disse que sempre orientou a filha e a criança não falava nada”, disse a investigadora.

O pai da criança é um mecânico de 33 anos, que trabalhava em Nova Lima, também na região metropolitana. Segundo a Polícia Civil, ele já foi preso durante nove dias por lesão corporação e é alvo de um inquérito que investiga interceptação.

“Ele é dependente tanto de álcool, quanto de drogas. Uma pessoa muito agressiva. Inclusive, quando foi preso, estava com o braço lesionado de uma briga familiar ocorrida no dia anterior”, detalha a delegada Nicole Perim.

Segundo a instituição, ao ser preso, o homem inicialmente negou os abusos, mas depois acabou confessando os atos. Ele disse que cometia os abusos sempre que fazia uso de drogas e bebida alcoólica. A polícia apreendeu o celular do suspeito, que vai ser periciado para identificar possíveis conteúdos pornográficos. Inicialmente, segundo a delegada, ele deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, que tem pena de 8 a 15 anos de prisão. A reportagem tenta contato com a defesa do investigado.

 

Por R7

EPRODUÇÃO / RECORD TV MINAS

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