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‘Vou parar de apanhar’, diz professora que dopou, asfixiou e escondeu o corpo de seu marido no freezer
A pedagoga Claudia Fernanda Tavares Hoeckler, 40, foi presa temporariamente nessa segunda-feira (21/11), suspeita de matar o marido e esconder o corpo dentro de um freezer em casa, em Lacerdópolis (SC). Ao delegado responsável pelo caso, Gilmar Antônio Bonamigo, ela detalhou como executou o crime brutal, supostamente motivado por violência doméstica.
O marido, o motorista Valdemir Hoeckler, 52, foi assassinado dia 14 de novembro. Foi apenas no último sábado (19/11), cinco dias após o crime, que ele foi encontrado.
Ao UOL Bonamigo afirmou que a preparação para o assassinato foi iniciada por volta das 23h do dia 14. Claudia contou ter dado três comprimidos indutores de sono a Gilmar, que ficou dopado e dormiu.
Após o marido adormecer, Claudia amarrou seus pés e mãos com cordas. “Ela lidou com gado de leite. Então, sabia como imobilizar vacas. Ela o amarrou porque sabia que, se não conseguisse, ele poderia reagir e ela iria ser morta”, relatou o delegado.
Asfixia
A mulher enrolou uma câmara de pneu no pescoço de Valdemir, então o asfixiou com um saco plástico. Ele chegou a reagir, mas a esposa conseguiu sufocá-lo ao pressionar a boca. “Ele se desvencilhou. Mas ela conseguiu segurá-lo com uma mão. E, com a outra, pressionou a boca. Em pouco tempo, ele perdeu os sentidos e morreu”, narrou o delegado.
Freezer
Após a execução do crime, ela decidiu esconder o corpo dentro do freezer. “Ela não sabia o que fazer com o corpo e tomou a decisão de colocá-lo no freezer”, disse Bonamigo, conforme o relato de Claudia.
Ela relatou dificuldade para levar o corpo até o freezer, e precisou do auxílio de uma cadeira para fazê-lo. Foi com o objeto que Claudia conseguiu arrastar o marido até o local.
“Depois disso, ela fez o que deveria fazer, como se fosse seguir a vida normalmente. E partiu para o encontro que iria fazer com as professoras”, continuou o delegado.
Violência doméstica
Claudia Hoeckler se entregou à polícia na segunda (21/11). Um dia antes, ela afirmou ser vítima de violência doméstica e que sentiu uma “sensação de liberdade” após o assassinato.
“Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade”, disse ao canal Beto Ribeiro, no YouTube.
Segundo a autora do crime, Valdemir a agredia e a ameaçava, chegando a ameaçá-la de morte. Em 2019, Claudia pediu medida protetiva contra o marido.
FONTE:Metrópoles
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