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Eleições

Comissão no Senado vota pedido para debater erros em pesquisas eleitorais

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Senador Carlos Portinho (PL-SC), autor da proposta de audiência pública

JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO – 8.12.2021

A Comissão de Transparência e Defesa do Consumidor do Senado deve ler nesta terça-feira (18) o requerimento de audiência pública com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para debater as divergências entre as pesquisas de intenção de voto divulgadas por institutos e os resultados das urnas no primeiro turno das eleições. A reunião está marcada para ocorrer às 14h30.

O requerimento, de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), deveria ter sido lido na última terça-feira (11), mas a reunião da comissão foi adiada por falta de parlamentares suficientes.

Além de Moraes, também devem ser convidados a falar na audiência representantes dos institutos de pesquisas e cientistas políticos. Diferentemente de quando há pedido de convocação para esclarecimentos, os convidados para audiência pública não são obrigados a aceitar a solicitação da comissão.

“É preciso discutir seriamente esse tema, saber se tudo não passa de erros graves de metodologia ou se existe algo pior, como a intenção deliberada dos institutos e/ou de seus contratantes de manipular a opinião dos eleitores”, defende Portinho na justificativa do requerimento.

Diferenças entre pesquisas e resultados das urnas

Durante a campanha eleitoral, os principais institutos de pesquisa anunciaram resultados muito diferentes na disputa presidencial do que aqueles verificados após a totalização da apuraçã das urnas. O Datafolha e o Ipec davam menos de 40% de índice de votos para Jair Bolsonaro (PL), que teve 43,2% ao fim da apuração. Ao mesmo tempo, os dois institutos também apontavam possibilidade de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, o que não ocorreu.

Também houve uma grande disparidade na votação para governador em São Paulo. Durante toda a corrida eleitoral, Fernando Haddad (PT) sempre esteve à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tanto o Ipec quanto o Datafolha davam de 41% a 39% a favor do candidato petista. No entanto, ao fim da apuração, Tarcísio chegou em vantagem em relação a Haddad, com 42,32%, contra 35,7% para o candidato do PT.

Do R7, em Brasília

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