Política
Banco Central conclui hoje reunião que deve elevar juros básicos ao maior patamar em 5 anos
Veredito sobre novo patamar da taxa Selic sai no início desta noite
FREEPIK
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) define nesta quarta-feira (15) o patamar futuro da taxa básica de juros. Se as expectativas forem confirmadas, o veredito a ser anunciado no início da noite elevará a Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, o maior patamar desde fevereiro de 2017.
No último encontro, quando aumentou a Selic para 12,75% ao ano, o Copom afirmou que a decisão tem o objetivo de conter a inflação, atualmente a caminho de fechar 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo. Há ainda uma preocupação com o futuro dos preços das commodities (matérias-primas).
Assim, a 11ª elevação consecutiva da taxa de juros tende a funcionar como um instrumento de política monetária para reduzir os preços. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento pelas famílias.
Ontem (14), os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro. O colegiado também já iniciou a análise de cenários e conjuntura, etapa que será finalizada nesta quarta-feira (15).
Após todas as discussões, a decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do Copom voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimo ou financiamento. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.
Do R7
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