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Bilionário Elon Musk compra o Twitter por US$ 44 bilhões

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O Twitter aceitou, nesta segunda-feira (25), a oferta de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 214 bilhões) feita pelo bilionário Elon Musk para comprar a rede social. A decisão ocorre após o conselho de administração da empresa aprovar a oferta feita aos acionistas.

A aquisição — uma das maiores da história corporativa — pode tornar Musk um barão das redes sociais, com poder de controlar o que ele mesmo definiu como a “praça pública de fato do mundo”.

Fundado em 2006 com a proposta de ser uma rede de compartilhamento de status entre indivíduos em textos de no máximo 140 caracteres (posteriormente ampliados para 280), o Twitter transformou-se em um espaço relevante de debate, com a presença de formadores de opinião, políticos e celebridades.

O bilionário já declarou que pretende introduzir novas ferramentas, abrir o código dos algoritmos, combater os bots e autenticar “todos os usuários ‘humanos’ da rede social”. Ele também pretende fechar o capital da empresa.

A transação, que foi aprovada por unanimidade pelo conselho, deve ser concluída em 2022 e está sujeita à aprovação dos acionistas do Twitter, de órgãos regulatórios, entre outras condições habituais a esse tipo de negociação. No entanto, analistas não esperam obstáculos regulatórios.

Durante o extenso vaivém que marcou as negociações, o dono da Tesla demonstrou pouco interesse econômico na compra. Para ele, a aquisição era uma forma de reverter as políticas de moderação do Twitter — das quais é um crítico contumaz.

O valor é muito acima do que foi pago, por exemplo, na compra do WhatsApp pelo Meta (antigo Facebook), em 2014 (US$ 22 bilhões), e do Instagram, também pelo Meta, por US$ 1 bilhão, em 2012.

Quem é Elon Musk?

Elon Musk é o homem mais rico do mundo e tem um patrimônio avaliado em US$ 273 bilhões (R$ 1,3 trilhão), segundo ranking da Bloomberg. Conhecido por suas polêmicas, ele foi eleito pela revista “Time” como a “Personalidade do Ano” em 2021. E, neste mês, encabeçou a lista dos bilionários da “Forbes”, à frente do dono da Amazon, Jeff Bezos.

Nascido em Pretória, na África do Sul, em 1971, Musk é filho de um sul-africano e de uma canadense. Ele viveu no país natal até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes de completar 18 anos.

Ele cursou a faculdade na Queen’s University em Ontário, no Canadá, mas, no meio da graduação, se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde se naturalizaria americano.
Musk é bacharel em física e economia. Ele primeiro se tornou conhecido pela criação da Tesla, fabricante de carros elétricos, em 2003. Depois, foi diversificando seus negócios.

Quais os planos de Musk para o Twitter?

No anúncio sobre o acordo, o bilionário voltou a comentar sobre a importância da liberdade de expressão na plataforma.

“A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento e o Twitter é a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”, afirmou Musk em comunicado sobre a aquisição.

Assim como outras plataformas, como o Facebook e o YouTube, que pertencem a empresas privadas, o Twitter tem sua política de uso e prevê punições pelo desrespeito a regras.

Um dos casos de maior repercussão foi o banimento do então presidente Donald Trump, no final de seu mandato, em 2021, dias depois da violenta invasão de apoiadores dele ao Capitólio, incentivada pelo político nas redes sociais.

Na época, o Twitter foi muito pressionado pela opinião pública a agir, mas também houve quem considerasse que a plataforma estava praticando censura. Trump também foi suspenso por 2 anos do Facebook pelo mesmo motivo.

Musk já indicou que quer abrir o código do algoritmo da rede social, que orienta, por exemplo, a exibição de posts, e autenticar todos os usuários humanos.

“Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando “bots” (robôs) de spam e autenticando todos os humanos”, afirmou.

Com a compra, o Twitter também deixará de negociar ações na bolsa de valores.

Quem manda no Twitter hoje?

Até que seja concluída a venda para Musk, o Twitter é uma empresa de capital aberto, com ações na bolsa. O bilionário se tornou o dono de 9,2% desses papeis — a maior fatia — a empresa também pertencia a diversos outros investidores, como bancos.

Atualmente, o presidente-executivo do Twitter é Parag Agrawal. Ele assumiu o cargo em novembro de 2021, sucedendo Jack Dorsey, um dos fundadores da rede social.

A companhia também conta com um Conselho de Administração formado por 11 pessoas, incluindo Agrawal e Dorsey. Após a confirmação de que Musk havia adquirido 9,2% da empresa em ações, ele foi convidado para entrar no grupo.

Um dia depois, Parag Agrawal afirmou que o Musk havia desistido de integrar o Conselho. O chefe do Twitter não explicou o que tinha levado a essa decisão.

Quantos usuários o Twitter tem?

O Twitter informou no último trimestre de 2021 que contava com 217 milhões de usuários diários e monetizáveis, ou seja, contas que estão aptas a visualizarem anúncios ou produtos pagos da empresa, como assinaturas.

Não é nem de perto o montante do Facebook, a maior rede social do mundo, que tem cerca de 2 bilhões de usuários.

Plataformas como WhatsApp, Instagram e o TikTok também estão nessa faixa.

Fonte: G1, Folha de São Paulo

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