Dona do melhor canéfora fermentado no ‘Coffee of the Year 2021’, cafeicultora de RO exalta força feminina e produção regional

Em entrevista ao g1, a campeã ressaltou a importância de participar de premiações como a SIC, que ajudam na visibilidade dos cafés regionais.

“Para mim é muito importante participar desses concursos, principalmente concurso nacional, porque é uma vitrine para os cafés de Rondônia. A gente começa a mostrar para o Brasil e para o mundo, que Rondônia produz bastante café de qualidade “.

Em 2019, Poliana garantiu o 1º lugar no Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café (Concafé) em Cacoal (RO). A cafeicultora ganhou a nota 88,6 e apresentou um robusta achocolatado, doce e encorpado.

Café Robusta — Foto: Globo Rural

Exaltado e querido, os cafés robustas amazônicos conquistaram o coração e o paladar dos participantes da SIC. Além de Poliana, outros três rondonienses ocuparam a lista dos quatro melhores canéforas fermentados.

“Foi muito perceptível que os nossos cafés estavam entre os melhores. Isso é tradução do quanto a gente conseguiu se empenhar e cuidar daqueles frutos, para que ele tenha uma boa qualidade”, disse.

Poliana divide o topo do ranking dos melhores canéforas fermentados com Alessandra Inácio, cafeicultora rondoniense dona do Sítio Santo Antônio, em Novo Horizonte d’Oeste (RO). Para Poliana, a presença feminina em premiações de cafés é inspiração para outras mulheres.

“Acredito que eu ser mulher, estar trabalhando com café e vencendo concursos, não é menosprezo pra ninguém e não diminui o fato dos homens estarem nesses concursos também, mas traz, talvez, uma luz, um pensamento, até mesmo nosso [mulheres] em relação a isso de ter outras mulheres”.

Poliana pretende continuar participando de concursos e levando a qualidade dos robustas amazônicos para outras regiões do país e do mundo.

“Rondônia tem sim um café de ótima qualidade, então eu, por alguns longos anos, ainda vou continuar participando desses concursos e melhorando a produtividade, melhorando a qualidade dos nossos cafés”.

Por Thaís Nauara, g1 RO