Polícia
Marceneiro que sobreviveu a 15 facadas tinha dívida a receber; pivô do violento ataque continua foragido, mas ativo no Facebook
Outro envolvido na tentativa de homicídio foi condenado hoje, em Vilhena
Perto de completar 24 anos (que serão comemorados no mês que vem), o Marceneiro G.C.V.Filho. é protagonista de um milagre: sobreviveu após ter levado 15 facadas, desferidas por dois homens em 2019. Um deles foi julgado hoje, mas o outro, que é o verdadeiro causador da tentativa de assassinato, continua foragido.
Tentando refazer a vida, mas ainda exibindo no corpo as sequelas do violento ataque, G. ligou para a redação do FOLHA DO SUL ON LINE e se queixou de uma informação errada: ao contrário do que foi noticiado, ele é que tinha uma dívida em haver com um dos homens que o atacaram, não o contrário, como o site veiculou.
Segundo o marceneiro, que tem uma pequena empresa no segmento de marcenaria, ele havia emprestado 60 reais para Lucas Alves Rodrigues, com 26 anos na época, para que ele consertasse sua motocicleta.
No dia do crime, o credor, que havia passado várias semanas cobrando os R$ 60, enviou mensagem para Lucas e ele disse que acertaria a dívida “na semana que vem”. Alguns minutos depois, o devedor postou, em seu status, fotos jogando sinuca e bebendo cerveja.
Vendo as imagens, G. questionou Lucas sobre ele adiar o pagamento da dívida mesmo tendo dinheiro para bebidas. A resposta foi um áudio com xingamentos. O credor admite que também se alterou e xingou, e a reação do ex-amigo, que já havia jantado em sua casa, foi responder com um seco “ok”.
Cansado por ter trabalhado muito naquele dia, a vítima pegou no sono, e quando acordou, Lucas e o amigo, Welton Ferreira de Araújo, 29 (QUE FOI CONDENADO HOJE A 7 ANOS DE CADEIA), estavam arrombando a porta de sua casa.
“Eles entraram no meu quarto, cada um com uma faca, e começaram e me esfaquear. Foi quando eu consegui segurar a mão do Lucas, que estava com a faca. Puxei ele pra cima da cama e consegui chutar o Welton. Ele caiu no chão e eu saí correndo”, descreveu a cena a vítima do brutal ataque.
Após duas semanas internado, quando passou por diversos procedimentos cirúrgicos, já que foram 106 pontos para tentar cicatrizar os cortes e perfurações, G. recebeu alta e, até hoje, não recebeu o valor emprestado.
Além do sofrimento físico, o marceneiro também lida com a sensação de impunidade: o homem que o quase o matou chegou a lhe ameaçar, dizendo que iria “terminar o serviço”. Apesar de toda a violência, Lucas continua foragido, embora sua conta no Facebook (com o nome alterado) continue sendo atualizada.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação
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