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Saúde

SÓ QUEM PODE: Clínica privada deve seguir plano do SUS de vacinação, diz ministério

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Mesmo que possa vender o produto, as clínicas deverão oferecer primeiro a idosos e profissionais específicos

Foto: Divulgação

Após clínicas particulares abrirem negociação com um laboratório indiano de vacinas, o Ministério da Saúde informou que a rede privada também deve seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários prevista no plano nacional de imunização.

Assim, mesmo que possa vender o produto, as clínicas deverão oferecer primeiro a idosos e profissionais específicos. Em um primeiro momento, a expectativa é de que a rede particular tenha poucas doses, uma vez que os principais laboratórios – como Pfizer, Moderna e AstraZeneca – têm priorizado negociações com governos.

Em nota, o ministério disse que os grupos prioritários propostos pelo governo “devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”. Entre os primeiros da fila estão idosos a partir de 75 anos e profissionais de saúde.

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) – que diz representar 70% do setor – negocia cinco milhões de doses da Covaxin, imunizante fabricado pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. A Covaxin obteve no sábado o aval de uso emergencial na Índia, mas os dados de sua eficácia ainda são desconhecidos. A ABCVAC prevê enviar delegação ao país esta semana e espera que as doses cheguem ao Brasil em março – mas este calendário depende de aprovações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O restante será imunizado nos 12 meses seguintes. A Covaxin pode ser armazenada sob temperatura de 2 a 8 graus, mesmo intervalo da rede de frios do SUS. Na última fase antes da liberação para uso emergencial, foi aplicada em 26 mil voluntários na Índia, afirma a ABCVAC.

Uso emergencial

Para ser aplicada, a Covaxin deve ser registrada ou ter aval de uso emergencial no País, permissões que ainda não foram pedidas à Anvisa. A Bharat Biotech diz já ter iniciado procedimentos para “submissão contínua” dos resultados. Assim, a empresa deve apresentar dados das pesquisas em etapas, mesmo antes de finalizar os estudos. E também trazer estudos clínicos ao Brasil para usar a submissão contínua.

Na opinião de Marcio Sommer Bittencourt, médico do Hospital Universitário da USP, “qualquer vacina disponível tem de ser comprada pelo governo” e “distribuída inicialmente à população de risco”.

PERGUNTAS & RESPOSTAS

A tecnologia por trás da vacina tem como base o coronavírus inativado, incapaz de se reproduzir e, portanto, de causar a doença. O sistema imunológico, ao detectar a presença do vírus, desencadeia a produção de anticorpos e protege o indivíduo contra a doença.

2. A vacina é segura?

Nenhum evento adverso grave relacionado à vacina foi registrado entre os participantes das fases 1 e 2 de estudos clínicos da Covaxin. Os pesquisadores concluem que o perfil de segurança da vacina é “tolerável”.

A BBV152 (nome técnico da vacina) produziu altos níveis de anticorpos neutralizantes que continuaram elevados nos três meses após a aplicação da segunda dose.

4. Qual é a eficácia da Covaxin?

A farmacêutica ainda não divulgou os dados de eficácia da vacina.

5. Em que fase estão os estudos clínicos?

Fonte. NOTICIAS AO MINUTO
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