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Lideranças Indígenas pedem socorro e prometem fechar o acesso ao Porto Rolim
Nas aldeias há crianças e idosos e também precisam de cuidados assim como a população que vive na cidade.
O Porto Rolim, fica localizado no distrito de Rolim de Moura do Guaporé, pertencente ao município de Alta Floresta do Oeste (RO), na Zona da Mata rondoniense, porém as lideranças Indígenas que moram neste local estão pedindo socorro.
Devido a pandemia do coronavírus o município de Alta Floresta criou um decreto com medidas de prevenção contra o vírus, mas deixou o povo Indígena descoberto. O povo está revoltado e garantem fechar o acesso ao Porto Rolim, pois existem Pousadas contrariando o decreto da prefeitura e estão funcionando normalmente e recebendo vários turistas nas casas da comunidade.
De acordo com as lideranças das aldeias Sakurabiat, Wayuru, Guarasungwe, ribeirinhos e representantes da associação Ecomeg com os Quilombolas já pediram ajuda para conter essa situação, até presente momento nada foi feito.
Segundo Heliane Sakurabiat, que faz parte da liderança da aldeia Sakurabiat, eles encaminharam ofício para Prefeitura Municipal, Secretária de Saúde, Turismo e eles não disseram não quanto ao pedido do povo, mas não tomaram providencia, criaram o decreto e não está sendo cumprido, apenas disseram que iriam tomar as providencias, mas somente ficou nas promessas, explica.
“A nossa reivindicação é em busca de proteção, pois nós também estamos em risco e podemos ser contaminados com o coronavírus, o acesso aos turistas está livre, sendo que o decreto é para todos ficarem em casa, todos os comércios e pousadas deveriam também ter essa preocupação e contribuir com a prevenção, mas nem todos tem essa consciência, por isso iremos a partir de segunda-feira, dia 23, tomar nossas medidas de prevenção e bloquear a entrada no Porto Rolim”, destaca Heliane, liderança da aldeia Sakurabiat.
Heliane ainda relata que neste domingo, dia 22, chegou mais turistas no porto e foram para as cabanas, ninguém parece preocupado, a comunidade é pequena e carente, onde tem povos Indígenas de três etnias em Rolim de Moura do Guaporé, Quilombolas e Ribeirinhos, várias famílias dependem do turismo para sobreviver, porém os lugares onde empregam essas pessoas estão fechados devido a epidemia do coronavírus, ficamos tristes, porque as pessoas vêm de fora para os condomínios e não respeitam a nossa forma de viver, a preocupação e quanto a entrada deles aqui, de qualquer forma, se alguém deles tiver com os sintomas e passar mal e der positivo, pode acabar o turismo no Porto Rolim, esse é nosso medo, enfatiza.
Nas aldeias há crianças e idosos e também precisam de cuidados assim como a população que vive na cidade.
A entrada na cidade Alta Floresta está fechada, sendo impossível a passagem de turistas, mas existe acesso por outras localidades que estão desprotegidas. Não estamos dizendo que é proibido a entrada de turistas no Porto, eles sempre serão bem-vindos nas pousadas, comunidade e em nossas aldeias, mas o momento agora não é propício, estamos vivendo em dias de luta e precisamos nos prevenir, finaliza Heliane Sakurabiat.
Fonte: Rolim Notícias
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