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Mensagens mostram relação criminosa entre ministro de Lula e empresário, diz PF
Um novo capítulo polêmico abala os alicerces do governo, trazendo à tona sérias acusações envolvendo o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em uma investigação da Polícia Federal. Segundo a PF, há evidências de uma relação criminosa entre o ministro e o proprietário oculto da Construservice, empresa envolvida em contratos com a Codevasf, estatal federal entregue ao centrão.
As informações, baseadas em diálogos obtidos no celular do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, revelam supostos acordos ilícitos entre Juscelino Filho e a empreiteira. Esses diálogos foram compilados em um relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
A investigação ganhou destaque a partir de reportagens da Folha, publicadas em maio de 2022, que expuseram a participação da Construservice em licitações da Codevasf, utilizando laranjas para participar de concorrências públicas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O real dono da empresa, Eduardo DP, é apontado como o verdadeiro proprietário, embora não conste nos registros oficiais.
Diante das acusações, a defesa do ministro negou veementemente qualquer irregularidade, argumentando que as emendas parlamentares são legítimas e visam atender às demandas da população. Segundo os advogados de Juscelino Filho, as insinuações de benefício pessoal por meio das emendas são infundadas e baseadas em supostas mensagens de origem desconhecida e questionável.
As mensagens analisadas pela PF, extraídas do celular de Eduardo DP, reforçam a suspeita de uma relação criminosa entre Juscelino Filho e o empresário. Conforme consta no relatório da PF enviado ao STF, o grupo do ministro estaria envolvido em um suposto desvio de, no mínimo, R$ 835,8 mil.
O cerco da investigação se estreitou ao abranger a irmã do ministro, Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire (MA), alvo de busca e apreensão pela PF, sob a alegação de uso de recursos provenientes de emendas indicadas por Juscelino.
Além disso, a PF sustenta que os contratos beneficiaram propriedades do ministro, incluindo a pavimentação de uma estrada que conduz a um haras de sua propriedade. Ainda, a suspeita se estende a transferências bancárias a intermediários e a uma suposta empresa de fachada, supostamente associada a Juscelino Filho.
O caso, que teve desdobramentos desde a primeira fase da operação Odoacro, resultou na suspensão dos contratos da Construservice com a Codevasf, após a ação da PF mirar o ministro das Comunicações.
Este escândalo não apenas abala as estruturas do governo, mas também amplia as investigações para outros contratos de emendas parlamentares indicadas por Juscelino, tornando-se uma mancha na credibilidade política do país e suscitando preocupações sobre a integridade dos processos licitatórios e do uso de verbas públicas.
Por AM POST
Foto Reprodução
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