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URGENTE- Candidato à presidência do Equador é assassinado
Fernando Villavicencio, um candidato a presidente do Equador, foi assassinato com três tiros na cabeça depois de sair de um comício na cidade de Quito nesta quarta-feira (9), de acordo com a mídia do país.
Assessores de Villavicencio confirmaram a morte. Em um perfil do Instagram do candidato há vídeos que mostram um atentado.
Segundo o jornal “El Universo”, as pessoas que estavam no encontro de campanha ouviram disparos e então notaram que Villavicencio caiu no chão.
Villavicencio apareceu em 5º lugar em uma pesquisa publicada pelo “El Universo” na terça-feira. A votação está agendada para o dia 20 de agosto.
Lasso afirma que crime não ficará impune
O atual presidente, Guillermo Lasso, afirmou em uma rede social que o gabinete de segurança vai se reunir para dar uma resposta ao crime.
“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles”, disse o presidente.
Ex-jornalista chegou a ser condenado por injúria
Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista de profissão. Entre 2021 e 2023, ele foi deputado federal. Ele se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores, e também foi líder sindical.
Ele era um adversário do ex-presidente Rafael Correa –em 2014, quando era jornalista, chegou a ser condenado a 18 meses da prisão porque a Justiça entendeu que ele cometeu injúrias contra Correa.
Ele afirmava que Correa tinha dado ordens para que o hospital da polícia fosse invadido por homens armados (na época, havia uma rebelição de policiais).
Ele foi para o Peru como exilado político.
Ameaças a autoridades
Na segunda-feira, fuincionários do Conselho Nacional Eleitoral afirmaram que estavam recebendo ameaças de morte –a presidente da instituição, Diana Atamaint, foi quem fez o alerta.
Ela afimrou que os funcionários públicos “estão expostos a essas circunstâncias, não apenas a receber ameaças, mas também à violência política”, como insultos em redes sociais.
Violência no país
O Equador enfrenta, nos últimos anos, a violência ligada ao narcotráfico, que, durante o processo eleitoral, resultou na morte de um prefeito e um candidato a deputado, além de ameaças a um candidato à presidência.
A criminalidade no país dobrou a taxa de homicídios em 2022, quando a mesma chegou a 25 a cada 100 mil habitantes, enquanto, até junho, era de 18 em 2023.
Há cerca de duas semanas, um prefeito foi assassinado no país.
Eleições antecipadas
O Equador irá eleger um presidente, vice-presidente e os 137 parlamentares em 20 de agosto. O presidente Guillermo Lasso dissolveu a opositora Assembleia Nacional, em maio, para pôr fim à “crise política grave e comoção interna”.
A dissolução, que deu lugar a eleições gerais antecipadas, ocorreu em meio a um julgamento político para destituir Lasso.
Por g1
Foto reprodução
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