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Pistoleiros que saíram de Rondônia para matar mecânico em MS a mando de facção criminosa foram fotografados em barreira da PRF

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Os três pistoleiros que mataram o mecânico Gabriel Vitor da Silva Moraes, 24, no dia 29 de abril deste ano em Dourados, cidade de Mato Grosso do Sul a 240 km da capital, Campo Grande, foram abordados e fotografados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) quando voltavam para Rondônia.

Dois dias após o crime em Mato Grosso do Sul, eles seguiam em uma caminhonete Toyota Hilux branca e foram parados no posto da PRF na BR-163, entre Rondonópolis e Cuiabá, em Mato Grosso.

Através de informações do serviço de inteligência, a polícia já sabia que o trio era suspeito do assassinato. Os três homens, no entanto, acharam que se tratava apenas de abordagem de rotina.

Na manhã de ontem), Valdiclei Barbosa de Oliveira, 29, Aguinaldo Vioto Terras, 42, e Sonival Carlos dos Santos, 41, foram presos em Ji-Paraná no âmbito da Operação Queima de Arquivo, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul com apoio da Superintendência da PRF em MS, PRF em Rondônia e Polícia Civil daquele estado.

O nome da operação é relacionado à suspeita da polícia de que Gabriel foi morto como “queima de arquivo”, a mando de ex-parceiros de crime em Rondônia, de onde o rapaz tinha vindo menos de dois meses antes de ser assassinado.

FICARAM NA FRONTEIRA

Os investigadores descobriram que os três pistoleiros foram de Rondônia para Mato Grosso do Sul e, para não chamar atenção, se hospedaram em Ponta Pora. Da cidade fronteiriça, foram até Dourados para fazer reconhecimento do local onde Gabriel trabalhava e voltaram a Ponta Poră. Foi na fronteira com o Paraguai que os bandidos compraram o Onix preto usado na execução.

No dia anterior ao crime, os três pistoleiros rondonienses voltaram para Dourados, assassinaram o mecânico na oficina onde o rapaz trabalhava e depois abandonaram o Onix na área central da cidade. O carro é um “duble”, ou seja, usa placas de outro modelo idêntico.

Com a Toyota Hilux branca, Valdiclei, Aguinaldo e Sonival retornaram para Ji-Paraná, a 2.053 km de Dourados. Dois dias após o crime, foram abordados pela PRF, fotografados e tiveram as identidades anotadas. Eles não sabiam, mas naquele momento já eram suspeitos da execução em Dourados.

Conforme o delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª DP de Dourados, no Onix abandonado em Dourados, foi encontrado um carregador de pistola. Os policiais também coletaram imagens e documentos indicando o envolvimento dos três homens no assassinato.

BANDIDOS PERIGOSOS

Os dados foram compartilhados com a Polícia Civil e a PRF em Rondônia, que iniciaram trabalhos de inteligência para localizar os suspeitos. Segundo a polícia douradense, tratam-se de criminosos perigosos e conhecidos na região, investigados por tráfico e homicídio.

Conforme o delegado do SIG, os levantamentos duraram cerca de 20 dias, tendo em vista que os criminosos mudavam de endereços para não serem localizados. Além disso, tinham vários imóveis em seus nomes, casas não habitadas por ninguém, justamente para dificultar a localização.

De posse dos mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo juiz Deyvis Ecco, da 3ª Vara Criminal de Dourados, policiais douradenses, com apoio de equipes de Rondônia, deflagraram a operação na manhã de ontem e prenderam os três suspeitos.

Durante as buscas, foram apreendidos veículos, armas de fogo e celulares, além de valores em dinheiro vivo. As investigações continuam. Os pistoleiros ficarão presos em Rondônia.

Fonte: Campo Grande News

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