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Após ameaça de Moraes, Telegram apaga mensagem contra PL das Fake News

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O Telegram apagou a mensagem disparada em massa com informações contrárias ao PL das Fake News, nesta quarta-feira (10/5). O informativo foi excluído após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ameaçou suspender o Telegram em todo o território nacional, por 72 horas, caso o aplicativo não retirasse de sua plataforma a mensagem considerada desinformação.

A empresa removeu o texto do canal Telegram Brasil. O conteúdo, no entanto, continua disponível em outro canal, chamado apenas Telegram.

O aplicativo também teve de enviar uma mensagem elaborada pelo STF para todos os usuários:

“Por determinação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou FLAGRANTE e ILÍCITA DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários a coagir os parlamentares.”

Na decisão, Moraes ainda determinou multa de R$ 500 mil por hora, mesmo que o aplicativo já estivesse fora do ar, caso o Telegram não cumprisse a medida. O magistrado também determinou que a Polícia Federal colha o depoimento dos representantes do aplicativo no Brasil em até 48 horas.

Mensagem em massa

Em campanha contra o projeto de lei que cria o marco regulatório na internet, o PL das Fake News, o Telegram passou a encaminhar mensagens aos usuários nessa terça-feira (9/5). O informativo é acompanhado de links e pede que os internautas pressionem seus deputados a votarem contra o PL.

O texto expõe as preocupações da plataforma e diz considerar o PL “uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil”.

“O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia. Para os direitos humanos fundamentais, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil. Fale com seu deputado aqui ou nas redes sociais hoje mesmo – os brasileiros merecem uma internet livre e um futuro livre”, afirma a nota encaminhada

O link disparado na mensagem encaminha o usuário para um chat com trechos fora de contexto do projeto de lei. “Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil.”

O texto ainda elenca pontos considerados negativos sobre o projeto, como “concede poderes de censura ao governo; transfere poderes judiciais aos aplicativos; cria um sistema de vigilância permanente; é desnecessário”.

Por Metropole

Foto Reprodução

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