Efeito pós-pandemia: vírus respiratório adoece mais bebês e crianças

O estado de São Paulo tem registrado um aumento expressivo de casos do vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de bronquiolites e pneumonias em bebê e crianças.

A infecção típica do período mais frio do ano diminuiu com o isolamento social da pandemia de Covid-19, mas agora volta a ser foco de preocupação. O aumento também ocorreu no restante do país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cidades paulistas registraram 3.154 casos de VSR em crianças até quatro anos de idade no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 180% em relação aos três primeiros meses de 2020 — 1.123 casos –, quando ainda não havia isolamento social por causa da pandemia.

Desde então, os casos de VSR em crianças foram crescendo ano a ano. Em 2021, foram 2.348 ocorrências no mesmo grupo e período; e, no ano passado, 2.942 ocorrências registrados pelo ministério.

“É um vírus comum que circula todo ano, mas devido à pandemia muitas crianças ficaram em casa, sem escola e estão tendo contato com ele pela primeira vez agora. Em 2023, está voltando a circular com toda força”, diz Renato Kfouri, pediatra infectologista e presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Sintomas

O principal sintoma das infecções causadas pelo VSR é a falta de ar. Os quadros mais graves que podem levar à internação e até a morte, geralmente, acometem bebês prematuros, cardiopatas e com outros problemas respiratórios. Não há tratamento com antiviral, apenas são adotadas medidas de suporte para aliviar os sintomas.

Também não há vacina, mas para o grupo de risco mencionado anteriormente pode ser recomendada pelo médico a imunização com um anticorpo monoclonal. Os cuidados preventivos de gripe e Covid-19 como uso de máscara, evitar aglomerações e higienização das mãos também são válidos para o VSR.

Por Metropole

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