Conecte-se conosco






Economia

CUT critica salário mínimo anunciado por Lula.

Publicado

em

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, divulgou na 5ª feira (16.fev.2023) uma nota em que critica o valor do salário mínimo anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”, escreveu o líder da entidade. Lula definiu que o valor do salário mínimo passará dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320. A intenção é que o novo aumento coincida com o Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio.

Para o líder sindical, o valor deveria ser de R$ 1.382,71. “A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento [proposto por Lula] não é o esperado nem suficiente”, escreveu. Nobre citou que, apesar de a CUT estudar “a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador”, não foi consultada pelo governo sobre o reajuste. Tanto o valor citado por Nobre como o definido pelo governo Lula destoam dos R$ 1.343 propostos por centrais sindicais em reunião com o o presidente em 18 de janeiro.

Naquele mês, o governo havia adiado o anúncio do aumento para R$ 1.320, uma das promessas de campanha de Lula. A equipe econômica sustentava que o custo acima do esperado com aposentadorias e pensões –que têm vínculo com o piso das remunerações do país– limitava o reajuste.

Dados do governo mostram que cada R$ 1 a mais no salário mínimo aumenta em R$ 389,8 milhões os custos da União. Com isso, o impacto estimado do reajuste anunciado por Lula é de pouco mais de R$ 7 bilhões.

Leia a íntegra da nota da CUT.

“Hoje, o governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio.

O salário mínimo valorizado é o maior instrumento para se diminuir a desigualdade social, apontar para o crescimento do país e remunerar corretamente a força de trabalho.

“A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento não é o esperado nem suficiente.

“A CUT estuda a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador. Os cálculos do DIEESE mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%.

“A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira. “Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando. “É importante deixar claro que a CUT não foi consultada nem ouvida a respeito do novo valor do salário mínimo.

“A CUT não deixará de defender o trabalhador e seus direitos. “Reafirmamos que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a Central Única dos Trabalhadores defende e pelo qual trabalha. “A CUT segue na luta.

 

“Sérgio Nobre

Presidente nacional da CUT”.

Do Poder 360

Na foto, integrantes da entidade em protesto…

 

Publicidade
Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ Lidas da Semana