Jovem é preso em Ji-Paraná suspeito de furtar R$ 60 mil em cheques em mercado que trabalhava em Goiânia e ainda ostentar dinheiro na web

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com a defesa do suspeito para que se posicione.

O mandado de prisão preventiva foi cumprido na quinta-feira (13), por policiais civis de Ji-Paraná, que deram apoio às investigações feitas pela Polícia Civil de Goiás, por meio do 23º Distrito Policial (DP) de Goiânia

Segundo o delegado Guilherme Conde, os furtos aconteceram entre março e maio deste ano. Ele contou que o jovem era funcionário do comércio e que “fazia de tudo” do local. A corporação obteve provas contundentes de que ele se aproveitou da condição de funcionário para furtar os valores

“É um mercado mais familiar. Ele era um ‘faz tudo’. Ele pegava os cheques já assinados pelos donos e depositava os valores em contas dele e também de parentes. Esses cheques eram para pagamento de fornecedores”, contou.

De acordo com o investigador, após os furtos, o suspeito depositava os valores em contas de familiares deles. Guilherme ainda vai investigar se esses parentes têm algum envolvimento para que, se sim, sejam responsabilizados criminalmente. Uma das contas onde foi feito depósito é de uma prima do suspeito, que é menor de idade.

Conforme o delegado, quando os donos do mercado desconfiaram, eles avisaram o suspeito de que iriam denunciá-lo na polícia. Com isso, no dia seguinte, a Polícia Civil disse que começou as buscas por ele, mas ele já tinha fugido.

“Ele abandonou a mulher e deixou os dois filhos na casa da sogra. Ele fugiu, passou por vários estados, e foi preso em Rondônia, onde estava se escondendo na casa dos pais do padrasto dele”, contou.

Guilherme conta que chamou a atenção dos investigadores a audácia do suspeito, que usou as redes sociais para ostentar os produtos do crime. Em fotos, é possível vê-lo com cédulas de real e também o saldo da conta bancária, que, no dia fotografado, era superior a R$ 21 mil.

Durante a investigação, a polícia também apurou que o jovem gastou parte do dinheiro com festas regadas a bebidas de alto valor.

O delegado disse que o homem foi preso e deve responder por 17 furtos qualificados, com agravante porque ele tinha a confiança dos donos, por ser funcionário. Além disso, o investigador acredita que, possivelmente, ele também responsa por associação criminosa.

“Vamos investigar se ele cometeu associação criminosa, tendo em vista que os três familiares para quem ele transferiu os valores podem estar envolvidos. Se for confirmado, ele também pode responder por corrupção de menores, já que um dos familiares é menor de idade”, disse.