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Saúde

Depressão infantil: entenda os sinais e os fatores de risco para o distúrbio

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Um dos primeiros sinais da depressão infantil é a alteração no autocuidado

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Neste Setembro Amarelo, é fundamental falar sobre a depressão infantil, quadro clínico cada vez mais comum em todo o mundo. Assim como os adultos, as crianças enfrentam adversidades e carecem de ajuda profissional, familiar e solidária.

De acordo com uma estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a depressão.

Diante disso, atentar-se aos primeiros sinais do transtorno é uma atitude necessária. De acordo com o psicólogo especialista em saúde mental infanto-juvenil Miguel Bunge, o tratamento precoce faz grande diferença para o desenvolvimento da criança.

“Sabemos que em 75% dos adultos que têm transtornos mentais, seja depressão, seja ansiedade, esse transtorno se iniciou durante o período da infância e não foi tratado, por isso é importante cuidar”, alerta Bunge.

O psicólogo explica que o objetivo da ativação é fazer a criança voltar a praticar as ocupações que lhe davam prazer antes da doença, como a realização de atividade física e até tarefas para regular o sono.

Para quadros leves de depressão, a atividade física, por si só, muitas vezes regulariza a situação da criança. Além das definições de gravidade, a interação social é fundamental, pois as crianças que contam com um bom convívio social e se sentem pertencentes a um grupo têm menos risco de desenvolver a doença.

Papel dos pais

Os pais, a escola e os familiares desempenham uma função importante na recuperação da criança.

“A primeira coisa que os pais precisam fazer é escutar os filhos, ter um diálogo aberto, um diálogo que a gente chama de não punitivo. Por exemplo, quando eles falam: ‘Ah, estou triste’, os pais não devem dizer: ‘Triste não, que frescura é essa?’”, diz Bunge.

Esse tipo de diálogo não diminui as expectativas nem os sentimentos da criança, respeita os seus pensamentos, apoia as suas crenças e a deixa o mais confortável possível.

A ajuda profissional também é essencial, pois a depressão afeta a capacidade cognitiva da criança e compromete o seu desempenho pedagógico. Sendo assim, o diagnóstico precoce pode auxiliar na recuperação dessa capacidade.

No entanto, Miguel lamenta a existência de “um bom número de psiquiatras e psicólogos para adultos, mas uma carência enorme de profissionais voltados para a saúde mental da criança e do adolescente”. As opções mais viáveis e especializadas para essa faixa etária são os psicólogos e neurologistas infantis e os pediatras.

Vale ressaltar que o CVV (Centro de Valorização da Vida) também disponibiliza atendimento voluntário gratuito por telefone, email e chat 24 horas por dia, para pessoas que precisam conversar, com total sigilo. Em caso de emergência, ligue 188!

Yasmim Santos*, do R7

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