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VÍDEO: homem puxa sucuri de 4 metros pelo ‘rabo’ em córrego de Porto Velho

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Homem puxa sucuri de mais de 4 metros pelo "rabo" em córrego de Porto Velho
Homem puxa sucuri de mais de 4 metros pelo “rabo” em córrego de Porto Velho

Um homem, ainda não foi identificado, foi flagrado tentando capturar uma sucuri pela calda dentro de um córrego que passa perto da avenida Guaporé, em Porto Velho. O animal tinha mais de 4 metros de comprimento, segundo moradores (assista acima).

A tentativa de captura da cobra, que aconteceu na noite de segunda-feira (13), foi filmada por pessoas que estavam perto do Skate Parque.

Ao g1, Adriano Martins — biólogo especialista em répteis e anfíbios — diz que a sucuri faz parte da família boidae (basicamente uma parente da jiboia e da cobra arco-íris).

“Essa família tem uma característica de predação, caça e matar por constrição, que é quando ela morde e se enrola na presa e causa uma pressão, apertando a caça. Essa pressão acaba matando a presa dela”, afirma o herpetólogo.

Homem puxa sucuri de dentro de córrego em Porto Velho — Foto: Reprodução

Homem puxa sucuri de dentro de córrego em Porto Velho — Foto: Reprodução

Após analisar o vídeo do homem puxando a cobra no córrego, o biólogo afirma que a forma de captura da sucuri foi arriscada.

Caso a sucuri mordesse, segundo Adriano, o homem podeira se contaminar com muitas das bactérias que vivem na boca do animal.

“Se ela teria competência para matar o cara, acredito que não. Mas ela é uma sucuri muito forte e muito grande. Uma mordida dela machucaria muito. Ela é uma cobra grande e que se alimenta de animais maiores. O processo digestivo dela demora mais dias. Na boca desses bichos há uma quantidade de bactérias exorbitantes, o que pode causar várias infecções, além dele ter entrado no esgoto“, diz.

Adriano destaca que para a captura de sucuri é preciso técnica adequada, o que não foi visto no vídeo.

“Ele não tem equipamento e nem treinamento. Ele pegou ela pela calda. Não é a forma mais adequada. A sucuri é muito forte e ela poderia se voltar contra ele. Mas em nenhum momento ela se sentiu ofendida pela ação do cara”, pontua.

O biólogo alerta para que a população em geral não manuseie animais silvestres, e sim acione os órgãos competentes.

“Se o bicho silvestre estiver em determinado local, não o pegue na mão. Se ele não estiver oferecendo risco direto para alguém, o melhor é deixar o bicho lá. Porque a gente vive em uma cidade amazônica, é normal que esses animais apareçam no nosso perímetro urbano. Eles fazem parte do nosso meio ambiente”.

Por Jaíne Quele Cruz e Jheniffer Núbia, g1 RO

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