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Saúde

Varíola dos macacos pode gerar uma nova pandemia? Cientista explica a doença

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EUA e países europeus confirmaram recentemente casos da doença. Varíola dos macacos gera alerta em autoridades de saúde

varíola dos macacos é uma doença infecciosa, que provoca erupções na pele e é endêmica em algumas regiões da África. No entanto, casos da doença começaram a aparecer na Europa e nos EUA – lugares onde, até então, isso era raro. Dessa maneira, autoridades de saúde rapidamente ligaram o sinal de alerta.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 1.200 suspeitas de casos de varíola dos macacos na República Democrática do Congo, sendo que 58 pacientes já faleceram no país, em decorrência da doença.

Outros países, como Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, França, Bélgica, EUA, Canadá e Austrália também confirmaram casos recentes da varíola dos macacos em seus territórios. Embora ainda seja cedo para explicar o motivo desse surto e o real impacto que ele pode ter, os especialistas afirmam que não há motivo para pânico.

Segundo Nick Phin, vice-diretor do Serviço Nacional de Infecção do departamento de Saúde Pública do Reino Unido, a varíola não se espalha facilmente entre as pessoas e o risco, em geral, é baixo. Já o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, explica que, embora não exista tratamento específico para a infecção, os surtos podem ser controlados com medicamentos.

Sem falar na vacina da varíola comum – doença erradicada do planeta nos anos 1980 -, que também é eficaz contra a infecção da varíola dos macacos. Portanto, o risco de uma possível pandemia, por enquanto, está descartado.

Entenda a varíola dos macacos

A varíola dos macacos tem esse nome por ter sido reconhecida pela primeira vez em primatas, na década de 1950. No entanto, ela só foi identificada nos humanos em 1970, justamente na República Democrática do Congo.

“Ao contrário da varíola, cujo único hospedeiro é o humano, a varíola dos macacos é uma zoonose [doença infecciosa causada por um patógeno que se originou em animais, mas pulou para os seres humanos], embora possa ocorrer uma propagação de humano para humano”, explica o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, biólogo, PhD em neurociências e membro ativo do Comitê Científico da Ciência Latina.

“A varíola dos macacos é transmitida entre pessoas em estreito contato através de fluidos corporais, gotículas respiratórias, lesões ou mesmo materiais contaminados, tais como roupa de cama ou banho ou outros objetos pessoais”, completa o especialista.

Entre os principais sintomas da infecção estão:

  • Febre;
  • Fadiga muscular;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos;
  • Erupção cutânea que se espalha para o rosto e o corpo.

No entanto, a varíola dos macacos é uma doença autolimitada – que vai embora sozinha – e, tem uma mortalidade relativamente baixa. De acordo com o Dr. Agrela, a estimativa é de que a doença mate, em média, 1% das pessoas infectadas. “Não há tratamento eficaz e a maioria dos casos recuperará por si só num período de algumas semanas, contudo, parece que a vacina contra a varíola também é eficaz contra a varíola dos macacos”, finaliza o cientista.

fonte; terra.com

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