Jovem é condenado a 49 anos por matar menina que pediu comida

Um jovem de 21 anos foi condenado a 49 anos de prisão por matar uma menina de 6 anos e torturar os três irmãos dela, de 8, 4 e 1, respectivamente, por terem pedido comida a vizinhos, em Planaltina de Goiás, Entorno do Distrito Federal.

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Bruno Diocleciano da Silva está preso desde o dia do crime, praticado em maio de 2019.

A decisão foi assinada, na terça-feira (22/3), pelo juiz Fernando Oliveira Samuel. O Ministério Público diz que Bruno era, na época, namorado da tia das crianças, de 17 anos, que estava com a guarda delas porque os pais estavam presos no DF. Ao saber do pedido de comida aos vizinhos, ele espancou a menina até a morte e torturou os irmãos dela com uma corda.

Crimes
Bruno foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, tortura e corrupção de menores. Na decisão, o juiz escreveu que as crianças ainda sofrem por causa do crime.

No dia anterior ao crime, de acordo com o MP, Bruno e a tia das crianças saíram de casa e deixaram elas sozinhas e trancadas. Assim que retornaram para a residência, souberam que elas haviam pedido comida aos vizinhos.

Segundo as investigações, a menina chegou a tentar fugir, mas, conforme acrescenta a denúncia, ela foi arrastada de volta para casa e agredida novamente, juntamente dos irmãos. Ela, então, teve de dormir no chão do quintal, acordou fraca e reclamando de fortes dores no peito e no abdômen.

Omissão de socorro
Bruno e a namorada, conforme a denúncia, não quiseram levar a menina ao hospital. Ao perceberem que o estado de saúde da criança se agravou muito, o casal chamou o Corpo de Bombeiros, mas a menina não resistiu às complicações da tortura e morreu antes de o socorro chegar ao local.

Depois que chegou ao imóvel, a equipe do Corpo de Bombeiros constatou a morte da menina e chamou a PM. Em seguida, o conselho tutelar compareceu ao local e encaminhou as outras crianças ao hospital.

O TJGO não informou se a tia das crianças responde a algum processo por causa do crime nem quem está responsável pelos irmãos da menina morta.

Por Metrópoles