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Castigos para “maus alunos” são encontrados em escavação arqueológica no Egito

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Arqueólogos descobriram mais de 18 mil peças de cerâmica inscritas com detalhes da vida no Egito Antigo – incluindo páginas escritas como punição para estudantes que não se comportaram.

Os fragmentos de 2 mil anos de idade incluem recibos, textos escolares, informações sobre o comércio e listas de nomes, de acordo com pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, que conduziram as escavações.

As descobertas foram feitas no sítio de Athribis, um assentamento antigo a cerca de 200 quilômetros ao norte de Luxor. Marcadas com tinta usando estacas ou gravetos ocos, as peças de cerâmica recuperadas, conhecidas como “ostracas”, são restos de jarras e barcos que foram usados como material para a escrita.

Cerca de quatro quintos dos fragmentos foram inscritos em demótico, um dos três escritos arcaicos presentes na Pedra de Roseta. Hieróglifos gregos, árabes e egípcios foram encontrados entre os escritos na ostraca.

Centenas de tabuletas foram encontradas com o mesmo símbolo escrito na frente e no verso, o que os arqueólogos acreditam ser evidência de alunos sendo forçados a escrever linhas como castigo / Projeto Athribis-Tübingen

Muitos dos itens de cerâmica foram originados em uma antiga escola, de acordo com o professor da Universidade de Tübingen Christian Leitz, que liderou as escavações juntamente com uma equipe do Ministério do Turismo e de Antiguidades do Egito. “Há listas de meses, números, problemas aritméticos, exercícios de gramática e um ‘alfabeto de pássaros’ – a cada letra era atribuído um pássaro, cujo nome começasse com a letra designada”, disse Leitz em nota à imprensa.

Centenas de peças em cerâmica também possuíam um único símbolo, repetido na frente e no verso, o que arqueólogos acreditam ser uma evidência de que “alunos mal-educados” foram obrigados a escrever linhas e linhas, de acordo com o comunicado.

O desenho de uma criança estava entre os 18.000 fragmentos inscritos encontrados no local / Projeto Athribis-Tübingen

Outros freagmentos incluem o desenho de três figuras humanas feito por uma criança, assim como representações pictóricas de deuses, figuras geométricas e animais como escorpiões e andorinhas.

A universidade disse que é “muito raro encontrar um volume tão grande” de ostracas. Uma quantidade parecida foi encontrada apenas uma vez antes, perto do Vale dos Reis em Luxor, disseram os estudiosos.

Pesquisadores da Universidade de Tübingen e do Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito estão escavando o antigo assentamento de Athibis desde 2003 / Marcus Müller

Próximo à cidade atual de Sohag, na margem oeste do Nilo, o sítio arqueológico de Athribis tem sido tópico de escavações por mais de 100 anos. No entato, as pesquisas mais intensivas na área de 30 hectares só começaram em 2003, quando a Universidade de Tübingen e o Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito iniciaram o Projeto Athribis.

A investigação é centrada em um tempo construído pelo faraó Ptolomeu XII e posteriormente decorado por sucessivos imperadores romanos. O tempo é aberto para visitas, enquanto a maior parte do sítio arqueológico contém os remanescentes de uma necrópole, pedreiras e um assentamento humano.

da CNN

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