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Hackers confirmam que Venezuela dá abrigo a terroristas do Hezbollah

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Um grupo de hackers da Venezuela, intitulado Equipe HDP, invadiu os servidores da Diretoria-Geral de Contra-Espionagem Militar do país e descobriu uma suposta ligação entre o governo do ditador Nicolás Maduro e terroristas da milícia xiita Hezbollah, do Líbano. A informação é do jornal Israel Hayon.

 

Uma vez dentro do sistema do governo socialista, os hackers descobriram que membros do Hezbollah vivem livremente no país, sob a proteção de aliados de Maduro. A publicação israelense destaca que durante anos equipes de inteligência de países ocidentais alertaram que terroristas viviam em solo venezuelano.

Um dos principais aliados do Irã na América do Sul, a Venezuela é conhecida por dar refúgio a terroristas e membros de guerrilhas armadas. Até mesmo o ex-vice-presidente e atual ministro do Petróleo venezuelano, Tareck El Aissami, está envolvido com o grupo terrorista libanês.

Em 2017, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções a El Aissami por ligação com crimes de lavagem de dinheiro e por facilitar o tráfico de drogas. Dois anos depois, ele foi colocado na lista americana de principais procurados da Imigração e Fiscalização Alfandegária.

O que os hackers descobriram

Os hackers enfatizaram que a operação para entrar nos servidores do governo contou com a participação de ex-agentes de inteligência do Estado.

O vazamento dos dados revelou que os terroristas entraram em solo venezuelano como estudantes de espanhol, com a chancela do governo, por meio de “programas educacionais de estímulo à língua” via Isla Margarita, um paraíso turístico no país.

Os suspeitos aparentemente estão envolvidos com tráfico de armas e drogas, bem como com lavagem de dinheiro para financiar o terrorismo. Muitos são membros da família Maklad, originária do vilarejo de As-Suwayda, no sudoeste da Síria, perto da fronteira com a Jordânia.

 

Jalal Maklad, por exemplo, é descrito como “envolvido no comércio de cocaína, no tráfico de minerais estratégicos e no financiamento do terrorismo internacional”. Ele residia no estado venezuelano de Nueva Esparta.

Rabi Maklad, outro suspeito, tem elo com a venda de cocaína e minerais estratégicos, com o tráfico de mulheres e menores e com lavagem de dinheiro para financiar o terrorismo. De acordo com o relatório, ele “é um dos chefes do crime organizado com laços comerciais na Colômbia”.

Um terceiro homem, chamado Majdi Maklad, também tem ligação com o comércio de cocaína e o tráfico de armas e munições.

Hayyan al-Matthani, outro agente que aparece no banco de dados, é ativo na comunidade e reside em Nueva Esparta. Ele esteve envolvido em crimes semelhantes e no comércio de armas e munições com as Ilhas Virgens Britânicas e ilhas holandesas no Caribe.

Uma fonte em Isla Margarita afirmou ao jornal israelense conhecer pessoalmente alguns dos indivíduos citados no relatório, acrescentando que agentes ativos da inteligência militar contribuíram para o vazamento dos dados.

“A família Maklad vive lá há quatro gerações, mas os laços com o Hezbollah foram firmados não muito tempo atrás”, garante a fonte. “Eles são os únicos proprietários do aeroporto local de Santiago Marinho” e “têm vínculos diretos com o ministro do Petróleo, El Aissami. São muito protegidos e não saem da ilha. É o reino deles, e eles têm imunidade ”, revela a fonte.

 

O Irã e a Venezuela mantêm laços estreitos. O ministro do Exterior iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, anunciou recentemente que os dois países assinariam em breve um acordo estratégico de 20 anos. Um petroleiro de bandeira iraniana que transportava 2 milhões de barris de petróleo pesado fornecido pela estatal venezuelana PDVSA partiu do país sul-americano na semana passada.



Fonte: R7

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