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Eclipse parcial de uma Super- Lua em 26 de maio

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Fenômeno será visível em cidades de Rondônia; confira como será

Na madrugada de 26 de maio acontecerá no Brasil um eclipse parcial de uma Super- Lua (e não superlua!), porque a Lua estará próxima ao perigeu, ponto de sua órbita mais próximo à Terra. Quando isso ocorre a Lua parece ficar maior e mais brilhante: é uma Super-Lua.

Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua e o nosso satélite natural adentra na sombra que o nosso planeta produz no espaço. Se considerarmos a fase do eclipse penumbral, quando a Lua apenas diminui o seu brilho e não é perceptível ao público, podemos dizer que parte do eclipse lunar será visível em todo o país. Porém, para os observadores em geral o que realmente interessa é a parte visível do eclipse, o eclipse lunar parcial, quando a Lua parece “mordida”.

Apenas os moradores que seguem o fuso horário do Acre (UT -5), e que inclui localidades no oeste do Amazonas (Tabatinga, Benjamin Constant e Eirunepé, entre outras), conseguirão observar com facilidade parte do eclipse parcial da Super-Lua.

Em Rio Branco (AC), e em localidades que seguem o seu fuso horário, o eclipse parcial começará às 4h44. Na capital do Acre a Lua irá se pôr às 5h41, parcialmente eclipsada. Mas, um pouco antes desse horário a Lua já estará muito baixa no céu, o que dificultará a sua observação.

Diferentemente de um eclipse solar que começa em momentos diferentes em cada local da Terra, um eclipse lunar começa ao mesmo tempo e é visível em toda a região da Terra em que é noite.

Embora o horário em que o eclipse lunar começa seja o mesmo para uma região com fuso horário igual, existem nuances de um local para outro.

Para a maioria dos que seguem o fuso horário de Mato Grosso (UT – 4) quando o eclipse lunar parcial começar, às 5h44, a Lua estará quase se pondo o que tornará extremamente difícil, mas não impossível, a sua observação, já que ela estará baixa no céu. Em Cuiabá ela irá se pôr às 6h02, mas, em Aripuanã, a oeste de Mato Grosso, o ocaso da Lua ocorrerá às 6h07, um pouco mais tarde, o que pode facilitar a observação inicial do fenômeno.

Se alguém tiver uma visão da Lua de um lugar alto e puder observar o horizonte (solo) sem obstáculos tais como árvores e construções, poderá observar o começo desse eclipse lunar parcial. Porém, essa situação ideal é muito difícil de ser alcançada.

Em Porto Velho o ocaso da Lua ocorrerá às 6h23 tornando possível a observação do começo do eclipse parcial, assim como em outras localidades do estado de Rondônia situadas mais a oeste. Em Guajará-Mirim, por exemplo, o ocaso da Lua ocorrerá às 6h32, o que permitirá a observação de parte da fase parcial do eclipse lunar.

Em Campo Grande (MS), com o ocaso da Lua às 6h04 será difícil, mas não impossível, observar a fase parcial do eclipse lunar. Em Boa Vista (RR) com o pôr da Lua às 5h51, a observação do fenômeno será quase impossível. Em Manaus (AM), com o ocaso da Lua às 5h58, será muito difícil a observação do fenômeno, todavia, em Juruá (AM), com o pôr da Lua às 6h23, será possível observar parte do eclipse lunar parcial. Na impossibilidade de fornecer informações para todas as cidades com fuso horário UT – 4, eu sugiro que as que se encontram mais a oeste busquem na internet o horário do pôr da Lua em sua localidade, lembrando que, nessa faixa geográfica, o eclipse parcial da Lua começará às 5h44.

Os moradores que seguem o fuso horário de Brasília (UT – 3) não conseguirão observar a fase parcial desse eclipse lunar.

Mesmo os que não irão conseguir observar o começo do eclipse lunar parcial podem acordar mais cedo e desfrutar o espetáculo da Super-Lua no céu. A Super-Lua parece mais bela próxima ao solo, ao se levantar ou ao se pôr. A Lua já estará deslumbrante no anoitecer do dia 25 de maio e, também, continuará admirável no anoitecer do dia 26 de maio. Todavia, o melhor horário para a observação da Super-Lua será na madrugada de 26 de maio e próxima ao seu ocaso.

O próximo eclipse parcial da Lua que será visível no Brasil acontecerá na madrugada de 19 de novembro de 2021 e, se as condições climáticas permitirem, poderá ser observado em todo o Brasil.

por Telma Cenira Couto da Silva, doutora em Astronomia pelo IAG -USP

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